Trabalho informal domina o mercado argentino de vestuário


Há vários anos, as vendas ilegais já representam quase metade das vendas do varejo de vestuário, já que os preços dos produtos elaborados de forma clandestina são até 50% menores do que os produzidos legalmente, conforme a Confederação Argentina de Médias Empresas (CAME).
Neste setor, grande parte da mão-de-obra utilizada é informal e oriunda da Bolívia, que, além de possuir conhecimento técnico satisfatório, aceita remunerações menores que às do mercado legal. Do total de 150,0 mil pessoas empregadas no mercado de vestuário do país vizinho, cerca de 67% são irregulares, segundo a Câmara Argentina da Indústria de Vestuário (CIAI).
Ao operar sem regulamentação, os custos desses fabricantes são evidentemente inferiores, pois além de contratar trabalhadores por salários mais reduzidos, confeccionam produtos com design pouco elaborado e utilizam baixo nível de tecnologia frente à produção tradicional.
Segundo Yeal Kim, presidente da fundação Protejer, as vendas ilegais aumentam durante os períodos de recessão econômica. Pelo fato de tornar a competição desleal, a contratação de mão de obra clandestina é mais um problema para o setor têxtil local, já às voltas, de tempos em tempos, com as seguidas crises cambiais que afetam os argentinos.
Fonte: Fashion Network