Entrevista de Fabio Silveira para Globo Rural
A receita nominal das lavouras brasileiras deve ter um avanço de até 15% sobre os resultados obtidos o ano passado, chegando a R$ 460 bilhões.
A projeção foi divulgada pela consultoria especializada MacroSector, com base em dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
O resultado, de acordo com o economista Fabio Silveira, será sustentado pelo desempenho das lavouras de soja e milho, principalmente. Segundo ele, a receita agrícola para a soja, em 2020, deve crescer 18,4% em relação a 2019 e atingir R$ 183,4 bilhões, considerando a previsão de aumento de 8,7% da safra 2019/2020 e de 8,9% para o preço interno.
Já o milho tende a subir 21,8%, alcançando R$ R$ 77,7 milhões. “É um reflexo da majoração de 27,4% do preço doméstico e a redução de 4,4% da produção”, apontou Silveira.
Laranja, café e arroz em alta
Outras lavouras também devem ter receita elevada em 2020. Uma delas é a laranja, com elevação de 16,5%, atingindo R$ 35,6 bilhões, considerando uma expectativa de alta de 11,7% do preço interno e 4,2% da produção.
O café também entra nesta lista, com avanço de 32,4% e receita de R$ 20,7 bilhões, baseado na projeção de subida de 17,1% no preço doméstico e a safra 13,1% maior.
Já o arroz deve crescer 22,5%, atingindo R$ 12,9 bilhões de acordo com a expectativa de alta de 21,3% do preço do produto e safra 1% maior.
Por outro lado, o feijão tem projeção de declínio de 16% em relação ao ano passado, situando-se em R$ 80 bilhões. Os dados foram projetados com base na previsão de baixa de 17,2% no preço do grão e aumento de 1,7% na produção.