Por Fernando Lopes, Valor Econômico — De São Paulo
A receita agrícola das principais lavouras temporárias e permanentes do país deverá somar R$ 640 bilhões em 2021, segundo nova estimativa divulgada hoje pela MacroSector. Se confirmado, o montante, recorde, será 20,1% maior que o total calculado pela consultoria para 2020 (R$ 533 bilhões), até agora o maior da história.
Para a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, a MacroSector prevê receita de R$ 275 bilhões este ano, um aumento de 26% ante a estimativa para o ano passado (R$ 218,2 bilhões, alta de 40,9% em relação a 2019).
A consultoria acredita que esse incremento virá de uma colheita de 127,1 milhões de toneladas nesta safra 2020/21, 4,6% maior que a de 2019/20, e do aumento de preços.
Entre as lavouras temporárias, a MacroSector também projeta aumentos para as receitas de milho (31,1%, para R$ 125,3 bilhões), arroz (15,1%, para R$ 19,1 bilhões), algodão (11,8%, para R$ 16,1 bilhões), feijão (18,1%, para R$ 15 bilhões) e trigo (10,9%, para R$ 6,1 bilhões).
Como no caso das perenes, todas as principais lavouras perenes pesquisadas também tendem a registrar avanços. Conforme a consultoria, a receita da cana deverá subir 6,9%, para R$ 63,2 bilhões), a da laranja tende a crescer 12%, para R$ 37,4 bilhões, a do café vai aumentar 7%, para R$ 27,4 bilhões, e a do fumo chegará a R$ 13,3 bilhões, com alta de 3,1%.