Preços no atacado acumularam queda em junho, avalia consultoria

Para a MacroSector Consultores, julho também deve ser de mais pressão de baixa
Por: RAPHAEL SALOMÃO

 

Local de venda de hosrtifrutis na Ceagesp, em São Paulo. Preços no atacado caíram em junho, de acordo com a MacroSector Consultores (Foto: Fernanda Bernardino/Ed. Globo)

Local de venda de hosrtifrutis na Ceagesp, em São Paulo. Preços no atacado caíram em junho, de acordo com a MacroSector Consultores (Foto: Fernanda Bernardino/Ed. Globo)


 
Os preços de mercadorias no atacado brasileiro devem encerrar este mês com queda de 2,5%, avalia a MacroSector Consultores, com base em um indicador próprio. Tanto os produtos agrícolas quanto combustíveis, que servem de base para o índice, acumularam desvalorização em junho.
Só na semana encerrada no último dia 23, a redução foi de 1,67%. Os preços agrícolas, que têm maior peso no cálculo, caíram 1,73% no período, de acordo com informe assinado pelo sócio-diretor da empresa, Fábio Silveira.
A consultoria registrou desvalorização de batata (-23,4%), feijão (-8,9%), laranja (-4,4%), café (-4%), açúcar (-3,7%), soja (-1,3%), algodão (-0,9%), carne bovina (-0,7%), milho (-0,4%), arroz (-0,3%) e ovos (-0,1%). Já o tomate (+6,2%), carne suína (+1,2%), trigo (+1%) e carne de frango (+0,5%) tiveram alta no período.
O indicador que reflete os preços dos combustíveis no mercado atacadista caiu, em média 0,8%, de acordo com o levantamento da consultoria. Na semana encerrada no dia 23, o movimento dos preços foi influenciado por retrações tanto no etanol (-2,5%) quanto na gasolina (0,5%).
A expectativa da MacroSector Consultores é de que o mês de julho também seja de pressão baixista sobre os preços. E o movimento esperado para o atacado deve ocorrer também no varejo.
“No fechamento de 2017, prevê-se que o IPCA alimentos deverá atingir a taxa de 3%, ficando abaixo dos 8,6% alcançados em 2016”, ressalta Fábio Silveira, em referência a um dos componentes do índice oficial de inflação.
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