Por José Roberto Afonso (Pesquisador da FGV/IBRE e professor do Mestrado do IDP); Geraldo Biasoto Jr (Professor da Unicamp); Fabio Silveira (Sócio-diretor da Macrosector Consultores)
Nunca antes na história, a economia brasileira mergulhou em uma recessão tão profunda e longa. Porém, o que mais assusta é a falta de perspectiva para uma saída que seja crível. Não cabe retomar o crescimento apoiando-se em maior endividamento de famílias e governos, muito menos em investimentos da Petrobras ou em raros segmentos privados (como automobilístico). A alternativa mais consensual, investimentos em infraestrutura, via concessões e parcerias, será lenta. Exige desde mudanças regulatórias até a reestruturação empresarial, tomando ainda mais tempo do que o prazo já naturalmente longo de projetos desses negócios.
Na história recente da indústria brasileira, inexiste nível de ociosidade tão marcante, como o evidenciado no gráfico a seguir. É um dos piores sintomas da crise atual, que, entretanto, pode se transformar em uma oportunidade para sua superação. Exportação é a solução mais rápida diante de tanta ociosidade no setor produtivo, que permitiria responder rapidamente e sem pressões inflacionárias.
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