Entrevista de Fabio Silveira para Portal Varejo em Dia
A alta do dólar, agora próximo de R$ 3,90, funcionou como um banho de água fria nas projeções mais otimistas para o varejo neste ano.
Dólar mais caro significa encarecimento de produtos e insumos importados e cria um ambiente de desconfiança na economia, afetando em cheio os negócios.
E a expectativa de queda da taxa básica de juros da economia, a Selic, hoje de 6,5% ao ano, um estímulo ao consumo, já não é mais tão firme.
A análise é de Fabio Silveira, economista e sócio-diretor da MacroSector Consultores.
Por que o mercado de câmbio se mostrou mais nervoso nos últimos dias?
“O mercado não está vendo no governo de Jair Bolsonaro a capacidade necessária para discutir e, em seguida, aprovar a reforma da Previdência no Congresso”, diz Silveira.
“Se esse estresse entre o executivo e o legislativo continuar, o ritmo de atividade do país vai diminuir afetando em cheio o varejo.”
A previsão dos economistas neste trimestre é de um crescimento do varejo entre 2,5% e 3% neste ano.
Se as discussões em torno da reforma da Previdência continuarem tensas, esses números serão menores ou até negativos, de acordo com Silveira.
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