Desemprego deve continuar caindo nos próximos meses


Expectativa de paulatina melhora do mercado de trabalho.

Por: Fabio Silveira


Em junho, a taxa de desemprego da economia brasileira atingiu 13,0%, ou seja, aumentou 1,7 ponto percentual em relação a igual período de 2016. Trata-se de elevação menos acentuada do que a ocorrida em maio, quando este indicador do mercado de trabalho subiu 2,1 pontos percentuais, no comparativo mês versus igual mês do ano passado, alcançando 13,3%.

O desemprego é declinante pelo terceiro mês consecutivo, depois de alcançar o nível recorde de 13,7% em março, nesta série histórica iniciada em 2012.

O resultado de junho deveu-se à seguinte combinação:

1. Aumento de 16,4% da população desocupada, totalizando 13,5 milhões de desempregados (+ 1,9 milhões de pessoas); e

2. Crescimento de 1,3% da PEA (População Economicamente Ativa), alcançando 103,7 milhões de pessoas, o maior nível histórico já registrado.

O incremento de 16,4% da população desocupada é a menor variação ocorrida desde abril de 2016, quando o número de desocupados cresceu 14,0%.

Ainda em junho, a massa real de rendimento elevou-se 2,3%, devido, fundamentalmente, ao incremento de 2,5% do rendimento médio do pessoal ocupado, que atingiu o nível de R$ 2.109,00 em junho. O avanço desta massa (que é importante indicador de desempenho do mercado de consumo) foi mais expressivo que o de maio, quando houve uma variação interanual de 0,94%.

Para os próximos meses, a expectativa é de paulatina melhora, ainda que lenta, das condições do mercado de trabalho, em virtude do horizonte de baixa dos juros reais – favorecendo a expansão do crédito – e de relativa melhora de alguns setores da indústria brasileira, em particular dos que possuem maior vocação exportadora.

Nessas condições, para dezembro de 2017, estima-se que a taxa de desemprego situe-se em 11,8%, ficando abaixo da marca de 12%, atingida em dezembro do ano passado.


kjk